sábado, 11 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
POEMA DAS ÁRVORES
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.
(Antonio Gedeão)
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/OHomemeaArvore/Textos%20literarios/poema_das_arvores_Antonio_Gedeao.htm Acesso em 24/09/09
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.
(Antonio Gedeão)
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/OHomemeaArvore/Textos%20literarios/poema_das_arvores_Antonio_Gedeao.htm Acesso em 24/09/09
ÁRVORE VERDE
Árvore verde,
Meu pensamento
Em ti se perde.
Ver é dormir
Neste momento.
Que bom não ser
'Stando acordado !
Também em mim enverdecer
Em folhas dado !
Tremulamente
Sentir no corpo
Brisa na alma !
Não ser quem sente,
Mas tem a calma.
Eu tinha um sonho
Que me encantava.
Se a manhã vinha,
Como eu a odiava !
Volvia a noite,
E o sonho a mim.
Era o meu lar,
Minha alma afim.
Depois perdi-o.
Lembro ? Quem dera !
Se eu nunca soube
O que ele era.
(Fernando Pessoa)
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/OHomemeaArvore/Textos%20literarios/arvore_verde_Fernando_Pessoa.htm
Meu pensamento
Em ti se perde.
Ver é dormir
Neste momento.
Que bom não ser
'Stando acordado !
Também em mim enverdecer
Em folhas dado !
Tremulamente
Sentir no corpo
Brisa na alma !
Não ser quem sente,
Mas tem a calma.
Eu tinha um sonho
Que me encantava.
Se a manhã vinha,
Como eu a odiava !
Volvia a noite,
E o sonho a mim.
Era o meu lar,
Minha alma afim.
Depois perdi-o.
Lembro ? Quem dera !
Se eu nunca soube
O que ele era.
(Fernando Pessoa)
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/OHomemeaArvore/Textos%20literarios/arvore_verde_Fernando_Pessoa.htm
A ÁRVORE
Naquela árvore florida
Onde um sabiá cantou,
Pelo homem maltratadaS
em folha, sem flor, sem nada
Da árvore nada restou.
Eu cresci junto com a árvore
Com ela fiz aliança,
Frondosa ela me abrigava
Na sombra dela eu brincava
No meu tempo de criança.
A árvore é fonte de vida
Devemos lhe proteger,
Sem árvore falta alimento
Aumenta o aquecimento
Todos vamos perecer.
A árvore torna o ar puro
Nos dá fruto pra comer,
Alimenta os animais
O homem é incapaz
Disso tudo perceber.
A árvore está doente
Precisamos lhe ajudar,
A árvore é medicinal
Ela cura nosso mal
Vamos também lhe curar.
Numa árvore perto de casa
Morava um passarinho,
A árvore o homem cortou
Eu senti a mesma dor
Daquele pássaro sem ninho.
A árvore é nossa amiga
Nos alimenta com seu fruto,
O homem à sua maneira
Da árvore faz a fogueira,
Por natureza ele é bruto.
(Edisio AraújoPlanaltina - DF )
Onde um sabiá cantou,
Pelo homem maltratadaS
em folha, sem flor, sem nada
Da árvore nada restou.
Eu cresci junto com a árvore
Com ela fiz aliança,
Frondosa ela me abrigava
Na sombra dela eu brincava
No meu tempo de criança.
A árvore é fonte de vida
Devemos lhe proteger,
Sem árvore falta alimento
Aumenta o aquecimento
Todos vamos perecer.
A árvore torna o ar puro
Nos dá fruto pra comer,
Alimenta os animais
O homem é incapaz
Disso tudo perceber.
A árvore está doente
Precisamos lhe ajudar,
A árvore é medicinal
Ela cura nosso mal
Vamos também lhe curar.
Numa árvore perto de casa
Morava um passarinho,
A árvore o homem cortou
Eu senti a mesma dor
Daquele pássaro sem ninho.
A árvore é nossa amiga
Nos alimenta com seu fruto,
O homem à sua maneira
Da árvore faz a fogueira,
Por natureza ele é bruto.
(Edisio AraújoPlanaltina - DF )
AS VELHAS ÁRVORES
Olha estas velhas árvores, — mais belas,
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas...
Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
(Olavo Bilac)
Fonte: http://pt.poesia.wikia.com/wiki/As_Velhas_%C3%81rvores"
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas...
Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
(Olavo Bilac)
Fonte: http://pt.poesia.wikia.com/wiki/As_Velhas_%C3%81rvores"
2011 - ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS
2011 declarado o Ano Internacional das Florestas pela Nações Unidas . [1] para aumentar a consciência e fortalecer a gestão florestal sustentável , conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas para o benefício de gerações atuais e futuras.
Fonte: Wikipédia
Fonte: Wikipédia
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