quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O AMANHÃ DA FLORESTA



Floresta, vida e sangue!
Enquanto a mão do homem
A mata devasta,
O progresso se expande

Na cidade as gangues.
Na floresta, o clamor,
O anúncio, o comércio,
Ganância, fome e dor

Seguindo rio abaixo
Um gigante triunfante
O lixo do homem civilizado
Poluindo, degradando, destruindo

A seca do rio, a cheia de novo!
É como o tocar de uma orquestra
Às vezes interrompido e regido
Pelo som da motosserra

Boca do Acre
Vive um contraste
Tem que crescer e progredir
Mas não pode se destruir

Algumas perguntas vou deixar,
Rio Purus
Rio Acre
Vão continuar a respirar?

Quando os próximos chegarem,
Vão poder pescar?
Não sei, não sei...
Só sei que aqui quero ficar

Nesta terra, viver, trabalhar
E no final do dia
Olhar pro céu, pra mata
E ouvir a natureza.

CAROLINA LIMA LOPES

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